10.8.08

Habitualidade

Deveras me encontro coagida de mim,
inerte em um ponto: sem regra, sem fim.
Deveras me encontro a me querer dirimir,
- se eu quero sumir? não, eu quero existir.
Sem rastro, sem falha, queria ser exata,
uma equação perfeita: nota limpa na escala.
Mas sou vil, abjeta, ínfima, moribunda,
sou apenas mais uma – a se lo(u)co-mover
inescusavelmente na linha do humano-ser.

9 comentários:

Hercília Fernandes disse...

Deveras, Bina...

"Quisera poder voar linhas brancas e límpidas...
a alma não-prisioneira, habitavel-mente cândida e ínfima.

Quisera, simplesmente, não-ser"...


Muito lindo Bina, adoro a sua poética! Sempre diáfana e etérea: limpa-cor-em-água-turva!

Amei os versos, seu blog está belíssimo!

Beijos, amiga.
H.F.

Luiza Viegas disse...

booooooooom!
bjca

°°Roberta°° disse...

Linda, profunda!

Drika Naumann disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Drika Naumann disse...

Adorei Bina, virei aqui mais vezes!

Anônimo disse...

Toc Toc!Lisa visita camarada do orkut

Humanos demasiados humanos. E isso é tão belo: o ser incompleto, o além sem ser melhor, a falta de simetria.

Teu espaço é realmente um sanduiche de conhecimento.

Visite meu Monstro

www.ladyproserpina.blogger.com.br

Natália Nunes disse...

deveras bom :)

Edna Federico disse...

A gente sempre procura a exatidão no que fazemos...nem tudo é uma equação perfeita, né?
Beijo

Elcio Tuiribepi disse...

De ínicio já gostei do que li...Habitualidade...muito bom.
Mera preferência é daquelas curtinhas que dão o recado com poucas palavras...Valeu o convite...Apareça no meu quando puder...abraço na alma.