Inevitável
Eu poderia fingir que não vi,
argüir que não foi proposital.
Mas você reparou em mim
desvendando suas sintaxes,
e me entorpecendo do seu
epitélio que ainda está
debaixo de minhas unhas.
Desde então eu não quis
nem pude mais disfarçar.
Eu poderia fingir que não vi,
argüir que não foi proposital.
Mas você reparou em mim
desvendando suas sintaxes,
e me entorpecendo do seu
epitélio que ainda está
debaixo de minhas unhas.
Desde então eu não quis
nem pude mais disfarçar.
Deixado levianamente por Bina Goldrajch às 09:10
Não se preocupe. Tem mais em: Poedias ou memoremas
4 comentários:
Que belo!
Simples, leve e belo...
E toda mulher em um momento fingi que não vê...
B.E.I.J.O.S
PS:Eu sou umas das poetisas do blog da Hercília...estou embaixo de vc no blog...
*Inevitável*
______Quando percebi que era pra fingir, senti que minhas unhas já estavam entorpecendo o nosso ser, agora é inevitável não posso disfarçar.
lindoo!!
BJS/*Rosa
" e me entorpecendo do seu
epitélio que ainda está
debaixo de minhas unhas."
Puxa vida! Belíssimo texto!
Eu poderia fingir que não li,
Ou pego, que não engoli...
mas li, mastiguei, ruminei,
engoli, digeri.
Devolvo des-digeridas palavras...
gratas.
Não teve jeito mesmo...
Inevitável!
Bjs
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