2.1.08

Desejo

Essa noite eu desejei por versos que não soassem demasiadamente subjetivos, porque a euforia causada pelo amor é dogmática. E não varia.
Essa noite, além de versos, eu desejei alguém em quem pensar.
Desejei um pensamento - qualquer - para dissipar a agonia das minhas horas mal dormidas.
Mas acabei por me embalar ao som dos meus próprios anseios, que juntos, compunham uma meticulosa canção de ninar.

2 comentários:

Flávia disse...

Entregar-se ao ninar dos próprios anseios. Quiçá a entrega mais urgente e indiscutivelmente entregue, posto que se vai de olhos fechados e peito aberto ao encontro de um querer etéreo, embora palpável.

Cheguei aqui através do blog de uma amiga. Sabe quando nossos olhos vão de encontro a um determinado algo, e não conseguimos nos desviar da vontade desse algo? Pois é, foi assim com seu link. Benditos olhos que me trouxeram até aqui.

Lindo escrito...

E adorei o blog. As cores, o visual Andy Warhol... impecável o conjunto da obra. parabéns...

Beijos!

BABI SOLER disse...

Os nossos anseios podem nos fazer dormir ou tirar o nosso sono.

Feliz 2008!