2.7.07

Inextinguível

A inquietação é inevitável.

O movimento é involuntário.

E a seqüência é previsível.

Começo a balbuciar algumas palavras:

Somos nós somente nós?

Somos nós semente de pós?

Somos, nós, sois, vós?

Se desdobram os argumentos, os rudimentos do criar

Embolo-me em pensamentos: são momentos!

Logo vão passar.

O lápis corre, a mão desvia

Mas a palavra tem de surgir

E num impacto tão profundo eu inundo sem pensar

Nas histórias, as memórias dormitórias ficam a ressoar...

O ar lubrificante, mas o pensamento incrustado

na pele. A pele é pele. E repele qualquer forma de pensar. Porque não precisa - ela é viva, age e respira. A pele é minha. Sadia e explícita.

Não há nojo ou bojo que persista no não-toque: Inevitável. Inexaurível. Inescrutável. Inexcedível. Inestimável. IM-PRE-VI-SÍ-VEL.

Eu cometo um ato doido novamente sem pensar.

As horas e os relógios já se tornaram inúteis. Pois os relógios e as horas se esvaíram sem que se fizesse necessária a sua compreensão.

A frase é pouca. Não sustenta nem as minhas nem as suas indecisões. Mas se fosse eu, não falaria. (shiiii!)

O silêncio... o meu silêncio é teu dom.

O meu silêncio é o semáforo que existe em ti.

Mas as letras, estas sempre escorregam.

Pelo menos sempre têm um fim.

O papel - ele tem um fim.

Imediato ou não, há um fim.

Os meus verbos no passado por hora se sustentam e não experimentam nenhuma tristeza por nunca terem sido perpétuos.

Os incrédulos que se curvem, pois o que eu tenho dentro de mim é ETERNO.



2 comentários:

Fernanda Passos disse...

O que tu tens dentro de ti é eterno sim. Na verdade, nem sei se é. Também o que sentimos é transitório, como tudo nessa vida, com exceção da morte que é inevitável mesmo. Mas, de resto, o tu escreveste faz muito sentido e é muito bonito.
Menina talentosa você!

Jeremias disse...

Olá Bina
Não tenho a mínima dúvida, que és eterna, gostei muito do teu blogue.
Vim retibuir a tua visita e...vou voltar.
Felicidades
Um beijo
anTónio