Inextinguível
A inquietação é inevitável.
O movimento é involuntário.
E a seqüência é previsível.
Começo a balbuciar algumas palavras:
Somos nós somente nós?
Somos nós semente de pós?
Somos, nós, sois, vós?
Se desdobram os argumentos, os rudimentos do criar
Embolo-me em pensamentos: são momentos!
Logo vão passar.
O lápis corre, a mão desvia
Mas a palavra tem de surgir
E num impacto tão profundo eu inundo sem pensar
Nas histórias, as memórias dormitórias ficam a ressoar...
O ar lubrificante, mas o pensamento incrustado
na pele. A pele é pele. E repele qualquer forma de pensar. Porque não precisa - ela é viva, age e respira. A pele é minha. Sadia e explícita.
Não há nojo ou bojo que persista no não-toque: Inevitável. Inexaurível. Inescrutável. Inexcedível. Inestimável. IM-PRE-VI-SÍ-VEL.
Eu cometo um ato doido novamente sem pensar.
As horas e os relógios já se tornaram inúteis. Pois os relógios e as horas se esvaíram sem que se fizesse necessária a sua compreensão.
A frase é pouca. Não sustenta nem as minhas nem as suas indecisões. Mas se fosse eu, não falaria. (shiiii!)
O silêncio... o meu silêncio é teu dom.
O meu silêncio é o semáforo que existe em ti.
Mas as letras, estas sempre escorregam.
Pelo menos sempre têm um fim.
O papel - ele tem um fim.
Imediato ou não, há um fim.
Os meus verbos no passado por hora se sustentam e não experimentam nenhuma tristeza por nunca terem sido perpétuos.
Os incrédulos que se curvem, pois o que eu tenho dentro de mim é ETERNO.
2 comentários:
O que tu tens dentro de ti é eterno sim. Na verdade, nem sei se é. Também o que sentimos é transitório, como tudo nessa vida, com exceção da morte que é inevitável mesmo. Mas, de resto, o tu escreveste faz muito sentido e é muito bonito.
Menina talentosa você!
Olá Bina
Não tenho a mínima dúvida, que és eterna, gostei muito do teu blogue.
Vim retibuir a tua visita e...vou voltar.
Felicidades
Um beijo
anTónio
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