19.3.07

Razão

As pessoas se perderam de si mesmas de maneira que dificilmente encontram um caminho de volta. Os mapas anteriormente utilizados não indicam mais direção e a bússola perdeu o Norte.

Duas fontes de moral orientam as pessoas atualmente: a razão e a religião.
A religião, mesmo que alguns possam querer constestar, ainda é um bem precioso que nos mostra valores a serem seguidos, ignorando o fato de ter sido comercializada. E a razão também nos trás valores de senso comum, porém não constitui a base das relações humanas como sempre pretendeu o Ocidente. Antes da razão ainda existe algo mais antigo e mais profundo: a base da existência humana reside na afetividade. Antes de tudo não está a razão, mas a paixão.

Paixão é um sentir profundo, é o que nos faz entrar em comunhão com tudo o que nos cerca. É quando nos apaixonamos que enxergamos o valor das coisas, e é por esses valores que vivemos, é o que nos move, é o que somos.

Porém a paixão sem a razão se torna algo terrivelmente avassalador. Sem a razão, a paixão é apenas fonte de impulsos, desejos, delírios, algo que se torna destrutivo se não for medido. Como as águas de um rio que se movem por conta própria e que precisam de margem e de limites, assim é a paixão que precisa da razão para ser medida e guiada.
É aí que entra a função insubstituível da razão, pois é próprio desta ver claro e ordenar, disciplinar e definir a direção da paixão.

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