22.7.08

Mentira

Eu não mentiria assim,
de graça. Não de graça.
Mas eu mentiria sim
pra ver-te
balançando,
a sua cabeça
oscilando.
Eu mentira pra te ter
se ardendo em raiva
de verdade,
sucumbindo
à passionalidade.
Eu mentiria para ver
um amor descomunal
se tornar ódio irracional.
Eu mentiria porque
eu gosto do inverso,
do calor no inverno.
Gosto da alegria pungente
do escárnio, da ferida.
Eu gosto até da apatia.
(a tua dor é tão bonita)

Um comentário:

gustavo disse...

Conheço alguém assim e nunca entendi o porquê de ser assim. Acho que vc esclareceu. ^^
Beijão! Sempre adorei o que vc escreve!!