10.12.07

Querer (-te) alguém

É cômico ver os rostos se balançando nesse movimento típico.
Nessa onda simultânea de sentimentos anestesiantes: indolores, pacíficos e inertes.
Ai, perdoa-me, mas eu me canso facilmente dessa sobriedade.
Eu gosto mais é da bagunça que a paixão costuma causar nas coisas.
Eu gosto de ver o vermelho, o sentimento e calores pungentes.
Gosto de sair do lugar.
Eu quero sentir meu coração palpitando e quase escarnecendo de dor só pela simples visão de uma silhueta. Eu quero quase morrer se meu amor não vier.
Eu quero sofrer, gritar, espernear. Quero me debater. Eu quero essa insanidade só pra mim.
Quero meu peito explodindo e jorrando amor. Quero meu sangue fervendo e queimando minhas paredes arteriais.
Quero uma paixão latente incrustada no meu corpo, debaixo de meus tecidos, alojada, como um câncer a crescer e a se multiplicar.

2 comentários:

ContorNUS disse...

Gostei de te ler...
aqui moram palavras no enlevo de um pleno sentir
;) voltarei

Anônimo disse...

ultra-romantismo?
não
não foges da realidade
pelo contrário, vai de encontro a ela
com todo fervor possível de se ter