11.12.07

Ausência incompleta

Não é culpa minha se estou fadada ao insucesso de me conter;
Eu não posso manter-me imóvel ao som desse escárnio que é a vida
(e eu não posso impedi-la).
Sou escarpelada por uma loucura invisível que é constante,
e é mórbida,
e é lúgubre,
afoita, irrestrita, pungente,
e eu não sei mensurar, muito menos nomear (se é que tem nome).
Mas se alguém pudesse olhar com afinco,
meus olhos diriam o que a boca não é capaz de dizer.

Meu Deus, que saudade do meu pai.

Será que eu disse tudo?

5 comentários:

Edna Federico disse...

Disse sim...e por que será que certas coisas são tão difíceis de dizer, né, minha linda?
Beijos

BABI SOLER disse...

Disse sim e muito bem.

beijo

R Lima disse...

Nunca chegarás, de fato, a dizer tudo o que pensas.. és cíclica,

mas expressar saudade do "pappa".. é coisa linda de ver, ouvir.. sentir.

Bjs,



Texto de hoje: VeREdA...

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MAUROMORAIS disse...

super bom gosto!
além de gostar de clarice lispector....
muito foda tudo isso!
beijão
bom espaço!

Unknown disse...

sempre falta uma palavra, um toque, um gesto, para se dizer ou se expressar o que se sente; em cada verso um mar de sentimentos e afetos tão variáveis e indomáveis, mas em cada palavra nem tudo é dito, nem todos os "eu te amo" cabem dentro de uma frase, nem todos os "eu preciso de vc" podem ser articulados. as vezes o corpo fala por si proprio e olhos dizem tudo o que os lábios são incapazes de pronunciar.

um abraço, JR.
http://experimentandoversos.blogspot.com