E de repente
E de repente eu me viro, olho pro lado, e só resta o mormaço no colchão, lembrando-me teu corpo, que esteve há pouco ali.
De repente eu olho, a colcha revirada, seu cheiro embriagado, recordo os momentos que há pouco vivi.
Eu olho - vejo nada além de sua presença etérea e efêmera que já nem sei se de fato existiu.
Olhos para as paredes, para o chão, para a porta, para o teto, para o quadro, para o espelho, para meus sapatos, para um lado, para o outro, para a janela, a cortina, o armário, os vidros, os artefatos. Olho.
De repente acordo.
De repente foi só por reflexo - um pensamento disléxico, reminiscências.
De repente nem tenho razão de ser. De repente foi só um curto!
Por descuido, sem razão, sem nexo, sem chão.
Minha cabeça
não anda boa
Minha cabeça
ando perdendo
Minha cabeça
perdendo
por aí...
andando...
a cabeça
minha
por reflexo.
Onde foi parar meu cigarro?
8 comentários:
Bina,
Fumar faz mal � sa�de, segundo se diverte o minist�rio.
Tamb�m sonhar faz bem, lembrar de que houve, havia, h� haver� algu�m.
Palavras fazem as pessoas, sim. algumas at� passam a existir a vera.
(vim agradecer tua visita e coment�rio)
Às vezes ficamos sem saber direito o que é sonho ou real, né?
Beijo
Será que o sonho e a realidade não serão duas partes de uma só...?
Soltaram-se as notas desta sonata
Secretamente a noite invadiu o dia
Risos de pássaro de fogo na manhã
Que uma suave brisa anuncia
Bom fim de semana
Doce beijo
Sonhos, saudades e sensações...Tudo tão intrínseco, não é verdade?
às vezes é tão simples distinguir o real do imaginário, e as vezes o imaginário é tão real que chega a confundir até as mentes mais frias.
Mais uma vez as tuas palavras me deleitaram, e eu pude compartilhar mais um pouquinho do que vc é...
Beijos, and...
Muito obrigado, vamos almoçar
E que o imaginário seja sempre como desejamos.
Bjo!
Essas loucuras e prazeres são tão nossos, nada nem ninguém podem interferir com isso, não é mesmo?
Beijinhos.
Gostei muito...
cheguei ter as mesmas sensações!
BJo,
Inês
É do encanto de um instante, da procura do acaso, que se respira a vida!
Não acordemos, senteme-nos e fumemos um cigarro, com o fumo do prazer.
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